Personalidades ilustres da imigração de Wakayama no Brasil.

Seiti Takeda (竹田清

Segundo presidente da Associação Wakayama Kenjinkai Brasil

Seiti Takeda nasceu em 1894 (ano 27 do período Meji) em Kirime, Wakayama.

Primogênito de uma família de sete irmãos, foi sargento da 4ª Região do Exército de Osaka durante a era Meiji. Em 1917, chegou ao posto de comandante do 4º Batalhão do Exército de Construção.

Seu pai sempre motivou os filhos a emigrarem do Japão para desbravar novas terras e ampliar os horizontes. Sem exceção, todos filhos de Naoshichi Takeda saíram de Wakayama. Uma parte imigrou para o Brasil e outra emigrou para a Manchúria.

Então, aos 32 anos de idade, Takeda transferiu-se para o Brasil com uma parte da família. Embarcou no dia 4 de junho de 1927 no vapor Santos Maru em companhia de sua esposa Itoe, seu filho caçula Ikuzo, seu irmão Isao e sua irmã Hanako, deixando em Wakayama os filhos Osamu e Eiko, que já estavam em idade escolar e optaram por ficar no Japão para terminar os estudos. Desembarcaram em Santos no dia 21 de julho do mesmo ano.

Em poucos anos em terras brasileiras, abriu a empresa Takeda & Irmão na cidade de Bauru, interior do estado de São Paulo, que comercializava insumos e produtos agrícolas e exportava o café – produto de grande importância nas décadas seguintes.

Em 1938, pouco mais de dez anos após sua chegada, retornou ao Japão para buscar o filho e a filha que lá haviam ficado. Contudo, a filha decidiu permanecer no país, pois já estava com a vida bem ajustada e decidira casar. Então retornou ao Brasil junto com o filho Osamu.

Takeda tinha uma vocação comercial e uma visão de futuro muito fortes, e sempre se dedicou a ajudar os imigrantes japoneses, sobretudo seus conterrâneos de Wakayama. Teve forte atuação na colocação dos imigrantes japoneses nas fazendas próximas à Bauru, independentemente da nacionalidade do proprietário das terras.

No final dos anos 1950 teve a inspiração de construir um hotel no litoral sul de São Paulo, na praia de Itanhaém. Vislumbrou a terra natal Kirime ao olhar para a Praia do Sonho e imaginou um hotel plantado nas pedras no final da praia.

Criou um sistema de uso do hotel atualmente conhecido como “time sharing”, revolucionário para a época e que provou ser um sucesso anos mais tarde.

Atuou com muito empenho na associação Wakayama Kenjinkai, mas afastou-se das atividades por problemas de saúde no final dos anos 1960.